AOS JORNALISTAS
Corajosos “Poetas”, penso em vossos fados,
– Vossas corridas p’ró caso, a horas certeiras –
Ao ver jornais, espalhados ou enrimados,
Nos passeios, para recolha de lixeiras…
Também penso em vós – a vosso “campo” agarrados –
Se entro em lojas ou vou a mercados e feiras,
E olho: drogas, pregos e peixes embrulhados,
Nesses papéis, com “frutos” de vossas canseiras…
Mas o que em vós, mais me faz pensar, realmente,
É saber, que em casas dos campos e cidades,
Vossos jornais, padecem bizarra sentença:
Depois de lidos, são só papel absorvente,
– E p’ra fisiológicas necessidades –
Pondo-lhes um “selo”, de inocente indif’rença…
– Vossas corridas p’ró caso, a horas certeiras –
Ao ver jornais, espalhados ou enrimados,
Nos passeios, para recolha de lixeiras…
Também penso em vós – a vosso “campo” agarrados –
Se entro em lojas ou vou a mercados e feiras,
E olho: drogas, pregos e peixes embrulhados,
Nesses papéis, com “frutos” de vossas canseiras…
Mas o que em vós, mais me faz pensar, realmente,
É saber, que em casas dos campos e cidades,
Vossos jornais, padecem bizarra sentença:
Depois de lidos, são só papel absorvente,
– E p’ra fisiológicas necessidades –
Pondo-lhes um “selo”, de inocente indif’rença…
1979
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