A UMA CERTA QUIMERA
De ti quimera, eu não quero mercês
E o hoje o ser imortal, não me diz nada;
Oh, como ingénua fui - pobre coitada
Ao consentir-te outrora - e tanta vez...
Que foste que nem falsa cupidez
Mandando-me essa seta envenenada
Não por anjo, mas hidra simulada
E que hoje estrangulei, por sensatez!
Que veneno corria em minhas veias!...
Por sorte, associei, certas ideias
E em breve, tive a cura radical
Remédio quase santo - tenho a prova
Que com a hidra inerte em funda cova
Constato que a mim própria, estou igual!
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