quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O QUADRO MAIS TERNO - Do livro: "DEAMBULANDO, POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"

O QUADRO MAIS TERNO


Bem escondido, está um quadro terno
E apenas nove meses – por ventura;
Chama-se o ser humano, em formatura
De estilo, se tão velho, tão moderno.

Sem que o verão o atinja ou o Inverno
Porque tem proteção, assaz segura;
– Sacrossanto prodígio da Natura –
E que se chama o útero materno.

Tela viva, que irá mudar de cena
Ao manter-se na estância já terrena,
Logo após nela feita, a investida.

E o naturismo exulta, chega a hora
Sorriem pai e mãe - seu filho chora,
É o amor triunfante; um hino à vida!
 
1998

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