quarta-feira, 6 de julho de 2011

O JÚLIO CIGANO Do livro: "RELANCES DUM OLHAR"

O JÚLIO CIGANO


Não sei se tem família ou onde mora,
Vejoo no mercado e à entrada;
Respeitador, com toda a que é casada,
 Vendo solteira moça, não ignora.

Quer que a ajude a levarcoisas embora?
– Diz-me quando me topa carregada –
Não senhor - respondo eu - muito obrigada
E lá sigo co’as compras, rua fora.

E assim de manhã, ei-lo sorridente,
Para sentir-se mais vivo e mais presente,
Para ter um bom começo do dia;

E na fuga á rotina, então é vê-lo,
Engraxar e a flanela usar com zelo,
Motivando o calçado, à melodia!


1996

Sem comentários:

Enviar um comentário