SOAM ECOS NA TORRE DA ANSIEDADE
A brados, iludindo a realidade
– Entre bom linho, renda e bom cetim –
Agita-se na noite, a dama e enfim
A quimera, recai, na realidade…
Recai em cama fria, uma ansiedade
E um verde, em coração, todo carmim;
Um direito a sonhar feito festim
Um misto de ventura e de acuidade…
Madrugar de tão lúgubre cadência
À dama agita a lira, mas também
À ficção, a incentiva, com urgência;
Com a cauda do robe, posta em chão
E crendo lá o amante – que não tem –
Cria conversa a dois - da solidão.
2010
Sem comentários:
Enviar um comentário