SÓ PORQUE A POESIA NELA EXISTE
Sem crer maturidade, uma barreira,
Mas coisa de torná-la mais distinta,
Mantém uma auto-estima, de primeira
Com idade, de duas vezes, trinta.
Sempre de si segura, e prazenteira
E sem que a sua idade a ninguém, minta;
Remédios, só receita bem caseira
E sempre cobre as cãs, a sóbria tinta
É por certo bairrista e humanista
Se um pouco ateia, bem nacionalista
E paladina do hino: A Portuguesa;
Feita em beletrista, esta mulher lusa
Canta, ri, e chora – em honra da musa,
E bem de íntimo de alma, concerteza!
Sem comentários:
Enviar um comentário