LÁSTIMA DE ALMA
Uma alma, em desespero e dor profunda,
Lá solta os seus lamentos e suspiros;
E às vezes, nem nirvânicos retiros,
Darão paz, a tão pobre moribunda…
Tolhida, por dor forte que a inunda,
Pior que mordedura de vampiros:
Pior que lhe lançassem alguns tiros,
E a metessem depois, em cova funda…
Sonhos em coma tem – pesar enorme,
Lúcida consciência, que não dorme,
Antes roçará mesmo a destroçada;
E já sem esperança, que lhe reste,
Então acha p’ra si, do Céu, um teste,
Numa morte morosa e adiada.
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