- Com um perspectivar de grão tamanho -
Faz-me reptos de musa, momentânea.
E lá me envolvo eu, em musal amanho,
- Sem que um desanimar, perto, se alape -
E acresço ao entender, se o não estranho.
P’ra que nada, o astral meu esfarrape,
- Nada altere este cerne, a meu estilo -
Canto felizes rimas, como escape…
Arrisco nalguns temas que vacilo,
E ante um fútil “papel”, ou vou p’la queima,
Ou com a absurda escrita, lá refilo…
Na minha ânsia pensei e expliquei-ma
Tornando meu fraquejo, em algo bélico,
Na conquista das coisas - jus a teima.
Mantenho o alimentar do estro, famélico,
Sempre co’o meio-termo, como um báculo
Em vez de um pundonor demais angélico…
Que exale a quanto baste, de vernáculo,
Valha por apertão, ou mesmo soco…
E que assim de meu ego um recetáculo
Sempre ressoe a algo e não a oco!
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