segunda-feira, 25 de abril de 2011

ALELUIA! ALELUIA - O POEMA DA SEMANA -2011/04/25) Do livro: (a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"








ALELUIA! ALELUIA!


Já caíram bandeiras e panos roxos da paixão,
Sarandeando em varandas, colchas cor da alegria;
Carrilhões e sinos arrebatam a alma do Cristão
Que ressuscitou Jesus Cristo, Aleluia, Aleluia!

Ele na Judeia, pregando Sua Doutrina complacente
A Seus discípulos que a seguiam, que era verdade
Sem cursos, era mestre dos mestres, ser Omnisciente
E sem ter pretensões de coroa, era Excelsa Majestade.

Herodes um rei déspota, poderoso e prepotente,
Usando e abusando de sua ímpia justiça de pagão
Via um estorvo em Jesus e Sua doutrina clemente
Perseguindo-o para infligir-lhe a crucificação

E Judas até então sempre devoto discípulo de Jesus
Em débil momento, tornara-se “ovelha “ ingrata
Pois perfidamente contribuiria para a Sua cruz
Entregando-o a Herodes, por trinta moedas de prata

Arrastaram-no soldados p’ró horto do flagelo horrendo
Infligindo-lhe as injustiças mais sádicas e atrozes
Todavia, resignado, por nosso amor, tudo ia sofrendo
Ele Omnipotente, podendo vencer tais animais ferozes...

E ao invés de dourada coroa de excelsa celebridade
Em Sua divina cabeça, coroa de espinhos colocaram
Rindo-se Dele, insultando-o e batendo-lhe, sem piedade
Crendo poucas as lágrimas que pelo rosto, Lhe rolaram.

Tudo isto, faria parte, dum triste e penoso rosário
Porque Seu padecimento iria ser ainda bem maior:
Carregaria pesada cruz, até ao Monte do Calvário
Onde com ela três vezes cairia e sagrando de suor

Tais e tamanhos flagelos, puseram-no quase exangue
Além das chagas, marcarem o Seu corpo, que fôra são
E no sudário Seu bendito rosto ficara gravado a sangue,
Mas patenteando bem misericordiosa imagem do perdão.

Porém Sua cruciante odisseia, bem mais se agudizaria
Pois Herodes destinara-lhe a pena máxima, a maior:
Seria crucificado perante os homens e Sua mãe, Maria
Como um cadastrado ladrão, vil assassino ou traidor.

Por conseguinte numa cruz, ajustaram Seu corpo imolado
Pregando-lhe a cravos de ferro, mãos e pés, sadicamente
E expondo-O na vertical, entre Céu e terra, bem vigiado
Até vê-lo exalar o Seu derradeiro suspiro finalmente.

E após Sua colocação no sepulcro, Heródes acalmaria,
Todavia um milagre iria pôr os soldados absortos:
Cristo ressuscitaria, subindo ao Céu ao terceiro dia
Para com Sua justiça julgar os vivos e os mortos.

Ele o Omnipresente, visita-nos no Domingo de Aleluia
E assim pregado em simbólica cruz, faz-nos meditar
Na concernente “cruz”, de cada mortal, no dia-a-dia
Na “cruz” que cada um, ao “Calvário” tem para levar...

Senhor, se com ela cairmos, ajudai-Nos a levantá-la
Fazei-Nos lembrar da Vossa, mais pesada e maior,
E que Vós Omnipotente bem poderíeis repudiá-la
Mas deste sublime exemplo de abnegado sofredor!

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