Um moço com cabelo à escovinha,
Fugia a sete pés duma marmanja,
Livre anciã, proprietária de uma granja,
Sem filhos, sem ninguém, enfim sozinha.
E após ele chamar-lhe: – oh tiazinha,
Bem na hora, resposta, ela lhe arranja:
– De velha galinha, é a melhor canja;
E co’isso arrepiando-lhe a espinha…
Logo ele – de “enterrada carapuça”
– E sem sequer fazer escaramuça –
Partiu sem mais ouvir; sabia o resto…
Um tamanho mutismo, por resposta
Foi para ela, o ganho de uma aposta
E com pouco prosar; sem luta ou gesto…
2009
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