I
Por o sol não estar muito gentil
Os calceteiros tinham pouca sorte
E dava a previsão – mais para o norte
Durante essa semana, aquoso Abril…
Par’cia Inverno em vez de Primavera
Porque a chuva entre abertas, lá caía;
Todos eles, achavam ironia
Nesse mês, ambiência tão austera;
Eis que caiu na lama, o mais esperto
Dando em riso geral – sobremaneira
Só que a coisa não era brincadeira
Porque não se mexia o moço ao certo.
E um dos outros, crendo-o amarelo
Com certa abruptidão e sem mais nada,
– Não vendo por perto, água açucarada –
Deu-lhe mesmo na nuca, co’um martelo.
Uma atitude assim, tão repentina
Mas por sorte, surgia de uma esquina
Uma ambulância p’ró acidentado.
Só que ele, a si voltava – estupefacto
E patenteando apenas um problema:
O de ter na cabeça um grande edema
E dessa martelada – isso era um facto.
II
Muitos acreditaram ser prodígio
Não haver consequência, bem pior;
Que ao calceteiro em breve, passou dor
E do edema, deixou de ter vestígio.
2009
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