TERNA PLACITUDE
Ganhou viço, o prado, com as chuvadas
E a solarenga ternura aprilina *,
Honra a cabra, o bode, a ovelha merina,
Nele entregues, a suas ruminadas.
E se essas criaturas esparsadas,
Me criam mil anseios de campina,
O que mais certamente me fascina,
É ver em manadas, vacas malhadas!
Com ossudas ancas e cheias tetas,
Com o corpo, às malhas brancas e pretas
Hoje, em dia, entregues ao pasto sós…
Criaturas com olhar de ternuras,
Que vistas de cima, a grande altura
Parecem curiosos dominós!
1993
* Referente ao mês de abril
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