A ANTERO DE QUENTAL
Essa tua barba, tão majestosa e hirsuta,
A defendeste com “garras” bem afiadas,
Transformando, tua existência numa luta…
E (por estratégias, tão a peito levadas)
Os teus ideais pátrios (teus grandes suspiros)
Eram gritos, em tuas prosas panfletadas….
Ah idealista bem “alto” e “gordo” de embirros…
Ah dócil Mestre, tão propenso a azeda gana,
Quantos foram, teus inexoráveis espirros?
P’ra uns, sacana, outros, a pessoa mais sana;
Umas vezes crente e temente, outras ateu,
E tantas, um sedente da paz de Nirvana!
De qualquer forma, honorável epicureu!
Que davas a tua alma, sã vitalidade,
Atarefando-a com as lides de morféu!
E por tua inaudita sensibilidade,
O pitoresco pouco ou nade te dizia,
Amando bem mais as sombras, que a claridade…
Se nunca ânsia de fama, confessaste um dia,
Quantas outras ânsias, deixaste transbordar,
Fruto de tua madura filosofia?
Com o teu tão desenfreado “galopar”,
(Consciência em conflito e pensamento exigente)
Não admira, que à depressão fosses parar….
Mas (quer assim contigo mesmo intransigente)
Ou co’os outros, orientador de pulso forte)
A tua barba, veneraste realmente!
Só que a certo ponto, ficaste tão sem norte,
(Com a tua alma de tal modo comprimida)
Que acabaste, Antero, por encontrar, na morte,
O melhor de todos os ideais de vida!
1991
Essa tua barba, tão majestosa e hirsuta,
A defendeste com “garras” bem afiadas,
Transformando, tua existência numa luta…
E (por estratégias, tão a peito levadas)
Os teus ideais pátrios (teus grandes suspiros)
Eram gritos, em tuas prosas panfletadas….
Ah idealista bem “alto” e “gordo” de embirros…
Ah dócil Mestre, tão propenso a azeda gana,
Quantos foram, teus inexoráveis espirros?
P’ra uns, sacana, outros, a pessoa mais sana;
Umas vezes crente e temente, outras ateu,
E tantas, um sedente da paz de Nirvana!
De qualquer forma, honorável epicureu!
Que davas a tua alma, sã vitalidade,
Atarefando-a com as lides de morféu!
E por tua inaudita sensibilidade,
O pitoresco pouco ou nade te dizia,
Amando bem mais as sombras, que a claridade…
Se nunca ânsia de fama, confessaste um dia,
Quantas outras ânsias, deixaste transbordar,
Fruto de tua madura filosofia?
Com o teu tão desenfreado “galopar”,
(Consciência em conflito e pensamento exigente)
Não admira, que à depressão fosses parar….
Mas (quer assim contigo mesmo intransigente)
Ou co’os outros, orientador de pulso forte)
A tua barba, veneraste realmente!
Só que a certo ponto, ficaste tão sem norte,
(Com a tua alma de tal modo comprimida)
Que acabaste, Antero, por encontrar, na morte,
O melhor de todos os ideais de vida!
1991
Sem comentários:
Enviar um comentário