A UMA VELHA LANTERNA
Quantas lágrimas oh velha lanterna, viste rolar?
Não careces falar, pois não constitui sigilo
É lógico que esse homem até então mais tranquilo
Apelasse a ti, na sua derradeira batalha, a travar!..
Mas de que estratégias te servirias, p’ró ajudar?
Como o poderias, sua velha e fiel amiga, naquilo?
Se já não viam teu crepúsculo os olhos de Camilo
Se eles que salutares foram, só poderiam chorar?
Como o poderias, se o destino lhe fôra adverso?
Se lhe tinha arremessado a cegueira, como lança,
Par’cendo incomodado, com todo o seu sucesso?
Mas logo após o suicídio do Mestre, sentiu-se riu
E vendo o “peso” de seus escritos, na balança
Concedeu-lhe o dom da imortalidade, como troféu!
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