AO POETA
Agarra sempre a inspiração, poeta,
Senão podes torná-la foragida;
Recusa-te, a fazer-lhe despedida,
Não a queiras deitar, nunca à sarjeta…
Sorri-lhe, mesmo que até obsoleta!,
Mesmo que até te surja denegrida;
Deixa-a ser, como ela é: Assumida,
E bem retrata a sua silhueta!
Se ela é digna de ti, tu de ela és,
Luta por ela, ajoelha a seus pés,
E agarra-a firme, nessa tua estrada;
Que eu já a abandonei uma vez, sim,
E quando a “campainha” soou trrim,
Era ela, era; mas “mascarada”...
1997
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