A (DES)PROTEGIDA
É de alguém dependente e medo sente
Que sua alma dorida e tão submissa
Com o tempo, se torne malhadiça
Ficando resignada ou indif’rente...
Tanto cravo lhe enterram e até dente
Levam-na para areia movediça;
Pregam-lhe cada doutrina, cada missa,
Que lhe caem como algo contundente...
E se lhe bate à porta uma alegria
Até julga ser sol de pouca dura,
De acostumada estar, ao céu cinzento;
"Perante esmola grande, desconfia",
Diz-lhe a alma - velhinha prematura -
Com lucidez na razão e pensamento!
É de alguém dependente e medo sente
Que sua alma dorida e tão submissa
Com o tempo, se torne malhadiça
Ficando resignada ou indif’rente...
Tanto cravo lhe enterram e até dente
Levam-na para areia movediça;
Pregam-lhe cada doutrina, cada missa,
Que lhe caem como algo contundente...
E se lhe bate à porta uma alegria
Até julga ser sol de pouca dura,
De acostumada estar, ao céu cinzento;
"Perante esmola grande, desconfia",
Diz-lhe a alma - velhinha prematura -
Com lucidez na razão e pensamento!
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