A EMBAIXATRIZ DA NOSTALGIA
Ela é da nostalgia embaixatriz,
Com um tristonho olhar e alma convulsa;
A que de si, tristeza, não expulsa,
Que para tal, não vê medicatriz.
Sente por demais funda a cicatriz,
E que seu coração, sobre ela pulsa…,
Causando-lhe tal cisma e tal repulsa
Que ao povo se confessa - e tudo diz.
– E haverá p’ró olhar, coisa mais drástica,
Que chorar chaga aberta, que dói
Ruptura, de atracção quiçá fantástica?! ¬ –
Quem porvir mais risonho lhe constrói,
Pod'rá alguém fazer bem capaz plástica
Em chaga assim, que a alma sua rói?
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