Seria bom o corpo sem marcas de idade
E na alma haver, somente douradas espigas
Só doces emoções, as novas e as antigas
Como um fiel retrato, de felicidade.
Mas corpo, há reflexos da triste verdade
De existir também na alma, ralicas e urtigas
Os lutos, as doenças, males e fadigas
Brigas, intrigas, males de uma sociedade...
Portanto a alma alberga, como que um celeiro
Nossas belas espigas e ervas-deceção
Não lhe rondando só, pomba branca da paz;
É que o rondar do mocho, às vezes é vezeiro
E os nossos tarrenegos, não adiantarão
Que p’ra nosso “celeiro”, ele augura ervas más.
1990
Sem comentários:
Enviar um comentário