DESINSPIRAÇÃO
Com o metro fremente, na ponta dos dedos,
Com um rol de temas, que há muito eu amealho,
Topo-me no triste papel dum espantalho:
Sentirão as musas, de mim repulsa ou medos?
Quem me rogou pragas, ou quem me fez bruxedos,
Que da minha penas, só surge, hoje, “cascalho”?
Camaradas poetas, somos um frangalho…
Mas quem nos mandou, escalar estes rochedos?...
Desinspiração, que pesada chicotada…
Que medalha de cortiça que a gente tem…
Uma criatura, ou fica louca ou frustrada…
Mas haverá na terra, sempre ledo alguém?
Depois do sol, pode vir chuva ou trovoada…
Esta vida; é um sobe e desce, ela é um vaivém!...
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