MEA CULPA
Uma ânsia de repouso, não a nego,
Que ando até, carenciada de sesta;
Só que tal lazer, no fundo, me empesta:
Cérebro não paro e olhos não prego…
Oh que pesada carga que eu carrego!...
Tréguas versos meus, não sature a besta;
Mais suor, para a minha pobre testa,
Adoráveis ladrões do meu sossego?!.
A culpa é toda minha, eu a confesso,
Pois não quero o meu estro ferrugento,
E sabendo que os gostos têm preço...
Todavia, à carga, à carga que aguento!,
(Já que sem ela, até me desconheço)
Mercê das compensações que exp’rimento!
Sem comentários:
Enviar um comentário