quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MEA CULPA - (ENTRE QUINTA E SEXTA -2011/10/27) Do livro: (já editado) "ESTRO DE MULHER"


MEA CULPA


Uma ânsia de repouso, não a nego,
Que ando até, carenciada de sesta;
Só que tal lazer, no fundo, me empesta:
Cérebro não paro e olhos não prego…

Oh que pesada carga que eu carrego!...
Tréguas versos meus, não sature a besta;
Mais suor, para a minha pobre testa,
Adoráveis ladrões do meu sossego?!.

A culpa é toda minha, eu a confesso,
Pois não quero o meu estro ferrugento,
E sabendo que os gostos têm preço...

Todavia, à carga, à carga que aguento!,
(Já que sem ela, até me desconheço)
Mercê das compensações que exp’rimento!


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