A FONTE DE ESTRO
Que sensação, de indescritível alegria,
Levar minha bilha, a essa genial fonte,
(Ante sol, chuva, neve ou forte ventania)
Enchê-la e logo olhar em frente o horizonte!
Poder dessa água beber, com grande euforia,
E sem que com uma indigestão, me confronte;
Que ela é prodigiosa – jamais me enfastia,
Não havendo mesmo, quem defeito lhe aponte!
Água imaterial, que entra em tanta garganta,
Corre, bate à porta da alma e a levanta,
Indo com ela, na nossa mente mexer;
E quando o sangue, nos parece fervilhar,
Tal água, mostra bem, seu subtil milagrar:
Sai p’la nossa mão, virando tinta a correr!...
1991
Sem comentários:
Enviar um comentário