MELANCOLIAS DE OUTONO
Ah versos moços, como tão belo seria,
Possuir hoje, a congratulante emoção,
De edificar-vos (já que moça me sentia)
O meu verdor, a vosso verdor, dar a mão!
Mas minh’alma, esta patética cotovia,
Vendo que há muito, eu deixara de ser “botão”,
Dá tal melancolia, a sua sinfonia,
Que eu não preitearia, vossa condição!...
Sou no meu Outono, tal qual a flor murchando,
Ao menos, que uma gota de “orvalho” me dota,
A musa sublime, rolando e me inspirando!...
Tão clara, nela transparece uma saudade…
Ah versos moços, sabei que essa clara gota,
É uma lágrima, pela minha mocidade!
1989
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