Há dias, um pardal saiu do ninho,
E bem perto de mim, pôs-se a mirar
Uma toalha, em puro e fino linho
E que há um bom tempinho, ando a bordar
São rosas de um vermelho muito quente
O tema deste meu labor bordado;
Mas seria por vê-las simplesmente
Que estaria o pardal, tão encantado?
Ou então.mastrar-se-ia assim atento
Já que aperceber-se-iam seus sentidos:
Do quanto será meu contentamento
Neste vaivém, de gestos repetidos?
Só sei, que o seu chilreio trivial
E o grácil saltitar - por acrescência
Fez-me ver, na toalha um roseiral,
Na fase mais feliz, da florescência!
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