sábado, 18 de junho de 2011

UMA SAUDADE DE GOSTO - Do livro: "ESTRO DE MULHER"


UMA SAUDADE DE GOSTO


Aquele rouxinol, que na silac,*
Trinava, caprichosa melodia,
Que será feito dele?,emigraria,
Levado p’lo rigor do almanaque?

Ou morreria, de dor ou ataque,
Ou quem sabe, natural anciania?
Que de seu aspecto, ninguém sabia,
E só de si, o canto, era destaque?!...

Eu creio, que voltará, ledo e são,
Aquando for, Primavera ou Verão,
Com as suas ternuras benfazejas;

P’ra me despertar, no meu sonho lindo,
E eu logo lhe dizer: sejas bem - vindo!
Ah bravo rouxinol, louvado sejas!!!

1998

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