sexta-feira, 3 de junho de 2011

SONETO DE ALENTO - Do livro:" ENTRE O ANTO E O ACANTO"


SONETO DE ALENTO


Nunca mandes um belo sonho embora
Porque de teus malogros, não é réu;
Não ponhas, negativa carga, ao léu
Antes sim: positiva e hora-a-hora.

Aceita tudo, o que alma revigora,
– Em vez de lhe aplicares, triste véu; –
E pinta desde já, sempre o teu Céu,
Da cor daquela fé, que não descora.

Se co’isso, a maus prenúncios, dirás não
No agir, porás só rasgos de eleição
E no pensar, opção, de senso jus;

Logo, em positivismo a discorrer
Há outro entendimento – outro saber!
Uma outra conceção de sombra e luz!


2009 /01/22 Biblioteca Camilo Castelo Branco     61 anos


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