A NEO-ROLIÇA
Saturada de um sempre igual conselho,
Para cortar na gordura e na doçura,
Evita defrontar-se co’o espelho;
E da poção, ginásio, ou aparelho,
Deduz mesmo, serem contra-natura...
Não crê seu novo peso um problema,
Muito menos um caso lamentável;
E no seu velho garbo - então de gema
Não lhe nota, mudança muito extrema
Mas duma aceitação bem razoável.
E enquanto uma enfermeira co’a seringa
Lhe recolhe de sangue uma amostragem...
Ela - de bem co'a vida - não rezinga
E crê que da seringa, o sangue pinga
Como fazendo à vida, uma homenagem!
E ante o resultado da colheita,
A médica - à roliça acostumada -
Dá-lhe um cigarro, que ela não aceita...
Afirmando-lhe então que tal maleita
Pusera há uns bons tempos afastada...
A médica, cortou-lhe p'ra metade
A comida; - por crê-la ser seu fraco -
E achou-lhe a relativa obesidade
Por alimentar-se em mais quantidade
A partir do abandono do tabaco.
2010
Saturada de um sempre igual conselho,
Para cortar na gordura e na doçura,
Evita defrontar-se co’o espelho;
E da poção, ginásio, ou aparelho,
Deduz mesmo, serem contra-natura...
Não crê seu novo peso um problema,
Muito menos um caso lamentável;
E no seu velho garbo - então de gema
Não lhe nota, mudança muito extrema
Mas duma aceitação bem razoável.
E enquanto uma enfermeira co’a seringa
Lhe recolhe de sangue uma amostragem...
Ela - de bem co'a vida - não rezinga
E crê que da seringa, o sangue pinga
Como fazendo à vida, uma homenagem!
E ante o resultado da colheita,
A médica - à roliça acostumada -
Dá-lhe um cigarro, que ela não aceita...
Afirmando-lhe então que tal maleita
Pusera há uns bons tempos afastada...
A médica, cortou-lhe p'ra metade
A comida; - por crê-la ser seu fraco -
E achou-lhe a relativa obesidade
Por alimentar-se em mais quantidade
A partir do abandono do tabaco.
2010
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